Às vezes ponho-me para aqui a pensar no que é isto, vida real, vida virtual, múltiplos blogs, múltiplas facetas, um blog para cada aspecto de nós, um blog para um grupo, um blog para outro objectivo...
Pensava eu sobre o egocentrismo do acto de bloggar, afinal de contas o blogger é sempre o primeiro a ler o que escreve (sim, no meu caso devia ser a primeira, a segunda, a terceria, etc, até ter todas as gralhas corrigidas, eu sei, eu sei) e a censurar-se e a reescrever e a ajustar, etc. Quer ele saiba que vai ser lido quer ele saiba que não vai ser lido.
Hoje em dia quase todos têm no mínimo um blog. Falam, falam, falam... Queixam-se disto, divulgam aquilo, oferecem serviços.. o que seja, nem interessa.
No fundo um blogger é um ser na imensidão da blogosfera assim como uma só pessoa o é no meio de uma multidão. Um blogger escreve, debita, grita, fala, esperneia, faz o que quiser. É livre. Uma pessoa na multidão que esperneie, grite, fale, faça o que quiser é visto como um tontinho. Alguém chama o 112 e ou ninguém se aproxima ou cria-se um cordão para ninguém se chegar perto.
No fundo o blogger e o louco são iguais. Ambos querem manifestar o que sentem. Uns são uns "deuses" os outros pequenos demónios.